domingo, 16 de janeiro de 2011

ironia do destino... do Tuco

Quando apresentamos outro dia os habitantes da casa, esquecemos de nosso cão de guarda, o Tuco. Tuco está conosco há três anos. Dito maltês com poodle foi adotado mais por
sua semelhança com nossa querida e falecida Quisca. Quisca era autenticamente de rua. Tuco tinha, pela suposta cruza, pretensão de madame, mas é ainda muito mais de rua do que sua sósia.
Desde que chegou lá em casa, como quem queria provar sua verdadeira origem, fugiu. Colocamos cartazes, prometemos recompensas e o cusquinho apareceu pelas mãos de uma meninha que, como nós, julgou-o perdido.
Veio o segundo dia, e o terceiro, que vexame: o cachorrinho de madame gostava mesmo era de rua. Tormou-se freguês do lixo da vizinhança. Sua viralatice extrema foi coroada ao ser visto no cruzamento da esquina, desta vez, comnedo um galinha de despacho.
Assim, vem causando inveja nos demais cães da casa, os quais não conseguem, como ele, passar pela grade e até driblar a cerca colocada em vão depois da primeira fuga.
Passa o dia na rua, entra para comer dentro de casa qualquer coisa que o Kako deixa cair sem querer querendo. À noite, acha um canto na casa (sim, dentro da casa) e dorme tranquilo no quantinho do lar. Aos demais, nem a liberdade das ruas, nem o quentinho do lar; só o pátio, mais nada.
Como se não bastasse, como que por deboche, passa várias horas do dia sentado do lado de fora da grade na calçada. Patas cruzadas, olha para um lado, para o outro, apreciando o movimento - e a cara de inveja dos encarcerados companheiros.
A liberdade tem seus riscos, sabemos. O Tuco anda pela rua, atravessa avenidas, provoca a tranquilidade de transeuntes muitas vezes nem tão da paz assim. Aceitamos o jeito e as vontades do Tuco, mas sempre comentamos "um dia este cusco vai ser atropelado".
Esta semana, aconteceu.Não na esquina movimentada, nem na avenida perigosa. Tuco foi atropelado em casa, dentro do pátio.Rolou embaixo do carro que entrava na garagem. Saiu de lá em choque. Corremos para o veterinário, estava a salvo, nenhuma fratura.
Um milagre... o foi aquela galinha do despacho... ficou de corpo fechado.

Esta semana recebeu a visita da Brownie, direto de Floripa.

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